Se (eu) Quero: O Fenômeno Das Mulheres Que Se Casam Com Elas Mesmas

Acontece o mesmo em Cádis, que no País Basco (onde se têm dado mais casamentos). Encontramos 44 casos consumados, e mais dois de gurias ‘na capela’. Ana, cabelo curto e um pouco desgrenhado, posa para a câmera ao lado de uma amiga.

Leva sombra lilás nos olhos e um vestido roxo acetinado para jogo. Parece um sorriso largo, de boca aberta, e um nariz preto de palhaço. É no dia dez de outubro de 2010. O dia de teu casamento. O momento ficou capturado em um instante.

A que foi escolhido pra relembrar o seu aniversário e que você tenha compartilhado em suas redes sociais. Na descrição se lê: “Já se vão sete anos de casada comigo mesma”. Portugal. Desde deste modo, pelo menos, algumas 43 seguiram seus passos. Curiosamente, no mesmo ano da celebração de Ana -a quilômetros de distância, dezenas de mulheres começaram a fazer ‘autobodas’ em Taiwan. A história mais mediática foi o de Chen Wei-yih de Taipei, que optou por um casamento em solitário ao não descobrir um noivo digno dela. Esse foi o início do boom de uma tendência que volta a receber protagonismo.

italiano de quarenta anos, Laura Mesi, que com teu casamento sem noivo de setenta convidados e o bolo de 5 andares tem captado a atenção de meios de intercomunicação em redor do universo. A primeira mulher casada, consigo mesmo de que se tem registro é conhecido como Bonito Padeiro.

Realizou seu casamento, em 1993, de frente para 75 convidados. Ele tinha acabado de fazer 40 anos e, no seu caso, tomou essa decisão cansada de aguardar por o namorado perfeito. No caso da noiva espanhola a idéia de casar-se consigo mesma veio a época de tua criação como terapeuta Gestalt no Instituto de Barcelona.

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  • 3×16: Afogando em terra
  • “Amar e ser amado é constatar o sol de ambos os lados.”
  • Agente, circunstância, o possuidor, sensor

No decorrer da terapia individual que se lhe exigia para se formar, fez uma descoberta que lhe impressionou. Crônica. Então se pôs mãos à obra. O que entendeu durante essa terapia pessoal pareceu-lhe “alguma coisa tão extenso e tão excelente” que quis comemorar. Conta a Ana que idealizou um casamento muito ao teu modo. Com vestido roxo, ao invés de branco e sobremesas de chocolate (favoritos), ao invés bolo.

Foi uma festividade de três dias -de sexta a domingo – na sua Cadafell natal. Lá fez coisas que lhe apetecían. Como atravessar um dia pela praia ou despencar do escorregador de 700 metros que atravessa a Montanha Escarnosa. Tudo em companhia de familiares, amigos próximos e até mesmo teu sendo assim namorado. A solenidade, como tal, foi consumada em um restaurante em que havia trabalhado alguma vez. Como símbolo deste carinho leva uma aliança que encarregou-o de fazer uma amiga joalheira a começar por pulseiras que tinha guardadas. E optou também por transmitir lembranças pra seus convidados: garrafas de vinho com uma carta personalizada para cada um.

Todas elas casadas consigo mesmas. Com suas variações e suas motivações individuais. Porque no momento em que se trata de casamentos, cada noiva é um universo. O relógio marca as 12:00. Vestidas de branco -com suas exceções – dez mulheres esperam a tua vez para caminhar pelo corredor de uma das salas do Bilborock. Algumas levam véu, todas ramos em suas mãos. É a primeira de uma série de casamentos, que mais ou menos com o mesmo formato, você replicarían depois em outros locais de Portugal. May Serrano, de quarenta e sete anos, é uma destas dez mulheres.

Nesse dia, enfundó o vestido que outrora sua mãe usou pra se casar com o seu pai e jurou -citou com firmeza- “coloco-me a todo o momento de primeira”. Como lembrança de teu compromisso luce uma aliança com uma rocha do mar Cantábrico que ele ordenou fazer em seu primeiro aniversário. Juncal Altzugarai, trinta e seis anos, optou por um vestido de noiva basca.

Em agosto, nasceu o teu segundo filho (uma criancinha) e as responsabilidades da maternidade, o afetaram. O casamento, dessa forma, foi a sua forma de empoderarse outra vez. Lembra May, que antes da solenidade percorreram as ruas de Bilbao para partilhar as laranjas, entre os transeuntes. As reações foram diversas. A partir de alguns que tinham de “loucas”, até uma velha senhora, que lhes alegou que ela tivesse querido fazê-lo assim como. Nesse dia, “chorou até o apontador”, conta May entre risos. Um casamento “muito a sério”, com a atriz Maribel Comodidades como mestre de cerimônia e mais de 100 convidados.