Estou em Havana. Do meu quarto eu sinto ruído de tubos, são as duas da madrugada e colocaram o motor, chegou a água. Noto que a arremetida foi reparada, como um outro ruído metálico que me acordou, foi o choque da escada do caminhão de reparação contra o poste de claridade.
No decorrer dos ciclones, ou pela falha de energia, fio na minha cabeça um tecido que deriva na tentativa de enxergar as faces, os olhos obviamente. Sou um nervo, a corda de um arco esticada até a elevação, pura sensorialidad. Resueno com um discurso retirado: alguém vende-se com emergência o proibido, uma pessoa pediu lentamente autorizado.
eu Tenho pesadelos com isto de fazer análises ao sangue uma e de novo. Sinto a porta e me inquieto. Estão Me cuidando, estamos cuidando, contudo não me importo tanto que isto dói. Pretendo ser grata, mas eu morro de horror que os desconhecidos chamados insistentes pela porta.
Sinto a seringa em meu braço, eu terminei de analizarme e estou perfeitamente. Eu sou um investigador sempre que vivo esse excêntrico sonho, a fobia, a hipocondria. Wendy no hospital. Ninguém me persegue. Nós, me analisam. Quantos comediantes se suicidam no mundo? Nem sempre são felizes os comediantes exercem rir, ninguém os leva a sério quando sofrem. Vejo a tabela de escritores cubanos suicidas. Olho para as minhas pílulas para dormir, conto. Pela semana passada, em Arles, tive uma longa conversa no asilo onde Vincent van Gogh cortou a orelha. Fiquei parado no meio de uma frase no momento em que eu percebi que essas janelas assim como foram sua prisão. Regresso a esses salões e ouço quase tudo o que se diz em voz muito baixa.
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Não me dizem a mim, não é para mim, no entanto eu ouvi-lo parelho. Lembro-me que o Carlos está de plantão. Irei ao psiquiatra. Doutor Carlos Farah. Organismo de guarda de um hospital. Os filmes argentinos dos anos oitenta. Jessica Lange em Frances, encerrada entre choro e protagonistas, maquiagem e cortes a preto. O eco da impotência no hospital percudido. O médico me recebe na sua guarda, os guardas nesse lugar são voluntárias” ninguém cobra por elas; o outro dia empatam com o seu horário de serviço de valor inestimável. Quanto se poderia cobrar por salvar “cabeças ruins”?
eu Não durmo doutor, eu ouço tudo e minha cabeça não para de tentar dominar. Eu Me pergunto quantos pacientes vê Carlos todos os dias. Seres humanos que curar com tuas idéias; técnicas de sobrevivência ou resistência. Minha mãe foi diagnosticada por ele e neste momento eu espero esta madrugada chuvosa por sua paciente e cuidadoso parecer. Não há patologia, todavia me doente, o que sinto ou presiento. Não pretendo que me analisem, que me clique outra vez. Isto é um enorme corpo humano de guarda que tem dificuldades mais urgentes que meus medos.